Meno Del Picchia

Músico e antropólogo, seu trabalho atravessa o universo sonoro pela arte, a pesquisa acadêmica e a produção musical.

Lança em 2016 seu terceiro disco solo “Barriga de 7 Janta”, contemplado pelo Prêmio ProAC do Estado de São Paulo; ao mesmo tempo em que continua sua pesquisa musical no Douturado da Antropologia Social da Usp, investigando o Funk em São Paulo.

Criado em Bragança Paulista, Meno conviveu de um lado com a família paterna e a herança modernista deixada por seu bisavô Menotti Del Picchia. De outro lado, com a catira, a moda de viola tocada pelo avô materno Zicão (que gravou um disco nos anos 80) e as festas tradicionais do interior de São Paulo.

Iniciou seus estudos musicais nos anos 90 com Leyve Miranda, fundador da Groove – Curso Livre de Música. Nessa escola, desenvolveu o jazz, a improvisação e harmonia, tocando baixo elétrico e acústico. Estudou também baixo elétrico com Itamar Collaço, ex-Zimbo Trio, na Universidade Livre de Música (ULM); e baixo acústico erudito com o professor francês Tibault Delor, líder da Orquestra Tropical de Contrabaixos.

Em 2013, lançou o seu segundo disco “Macaco Sem Pelo”, com canções entre a cumbia e rock, com apoio da Secretaria de Cultura de Bragança Paulista. Bem recebido pelo público e a crítica especializada, circulou por diversos SESCs e projetos de música autoral.

O Macaco Sem Pelo foi produzido no mesmo período em que Meno se dedicou a um mestrado em antropologia social pela USP, com o título: “Por que eles ainda gravam? Discos e artistas em ação”. Na pequisa, Meno acompanhou em sua etnografia musical os processos criativos dos compositores Tatá Aeroplano, Kiko Dinucci e Rodrigo Campos.

Desde setembro de 2015, Meno passou a circular também com show-bate-papo e mini-curso trazendo suas canções e desses artistas, ao mesmo tempo que discutindo a produção musical contemporânea de discos.

O primeiro disco solo “Meno Del Picchia” foi lançado em 2009 no projeto de música autoral do Sesc Pinheiros, com canções e temas instrumentais.

Em 2015, foi um dos instrumentistas convidados para a residência artística ministrada por Benjamim Taubkin, Jaques Morelenbaum e Marcos Suzano no 14º Festival de Arte Serrinha, com músicos de diferentes lugares do mundo.

Em 2013, lançou também o disco Interferências com o trio instrumental Improvisado; e recebeu com o trio e a cantora Ilana Volcov, o Prêmio FUNARTE de Música Brasileira (2013). O prêmio foi para o projeto Pelo Teletipo, onde recriaram canções e temas instrumentais gravados nos anos 70 por artistas pouco lembrados nos dias de hoje.

Como instrumentista, também integra os projetos de Ná Ozzetti e Zé Miguel Wisnik, Zé Pi, Caê Rolfsen e Bruno Batista. Foi membro do trio instrumental Improvisado, das bandas Afroelectro e Druques.

Meno já tocou com diversos artistas, como Otto, Karina Buhr, Tulipa Ruiz, Alessandra Leão, Ricardo Herz, Bocato, Diddier Lockwood, Mc Sombra, Metá-Metá, Passo Torto, Cacá Machado, Peri Pane e Gustavo Galo.

É professor de trilha sonora na pós-graduação de Cinema, Vídeo e Fotografia em Multimeios na Faculdade Anhembi Morumbi.

Realizou a trilha sonora original do filme Bem Casados (2015), de Aluizio Abranches, com os parceiros André Abujamra e Marcio Nigro.

Discografia recente

Rizar (2015) – Zé Pi; Sentido (2015) – Fê Stock; Mocambo (2014) – Afroelectro; Interferências (2013) – Trio Improvisado; Eslavosamba (2013) – Cacá Machado; Gustavo Galo (2013) – Gustavo Galo; Juliano Gauche (2013) – Juliano Gauche; Nuvem Negra (2012) – Druques; + participação Coitadinha Bem Feito: As Canções de Ângela Rô Rô (2013) – org. Marcus Preto.

Instagram